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Hodômetro - quilometragem dos participantes

Participante
Distância percorrida
Alberto
639,4 km
Daniela
810,0 km
Jorge
784,4 km
Marcelo
858,2 km
Paulo
211,2 km
Yumi
145,6 km
(considerando somente os eventos listados neste blog)

sábado, 21 de abril de 2012

Northbrasil 2012 - Associação Amigos do Traviu (Noturna)

Provas noturnas sempre exigem mais das equipes, mas dessa vez definiu-se um novo limite...

Saímos de SP meio atrasados, já era umas 19h20. Quando chegamos no local da prova, tinha gente saindo pelo ladrão... Foi difícil achar lugar para estacionar. Fizemos check-in e comemos umas bobagens na lanchonete local.

Não conseguimos armazenar o valor da inscrição da Yumi para a próxima prova pois, de acordo com a organização, muitas equipes desistiram de participar em razão da previsão de chuva.

Largamos às 21h02, estreando nossas poderosas lanternas importadas!


A primeira parte da prova foi tranquila, demos uma volta no quarteirão e subimos em direção às plantações da região. Logo presenciamos uma cena inusitada: ouvimos o staff comunicando pelo rádio que havia encontrado o chip de alguma equipe... Alguns metros adiante, encontramos um participante voltando correndo, perguntando se havíamos encontrado o chip! Ficamos com pena do cara e contamos para ele onde estava o chip...

Nesse ponto começou a garoar fraco... Andamos por um tempo por estradas de terra e chegamos na primeira medição de bússola, nada complicado. A complicação começou em seguida: depois de 161 m, havia uma medição de 324°. A medição em si não era o problema, mas sim a plantação à direita para onde a bússola apontava: em qual fileira deveríamos entrar? Escolhemos duas e dividimos a equipe. Achamos o PC 05! Na ordem errada.

Nas próximas 3 medições de bússolas, ficamos totalmente perdidos e perdemos quase 8 minutos até percebermos que a melhor solução era pedir ajuda ao staff, que prontamente nos ajudou e nos colocou na trilha certa, no meio dos caquis.

Quando finalmente entendemos a lógica do labirinto no caquizal, já era tarde, porque o atraso foi se propagando.

Pegamos o PC 10 fora de ordem, mas como estávamos 10 minutos atrasados foi até bom (porque passamos 6 minutos atrasados nele). Demos a volta entre os lagos e seguimos para o trecho 12, no primeiro trecho molhado da prova. O riacho desse trecho foi bem raso e plano, mas o atraso de 10 minutos se mantinha.

Depois do riacho, passamos por uma trilha lisa, estreita e bem encoberta pela mata, perfeita para uma prova diurna, mas perigosa para uma noturna... Voltamos para uma estrada de terra e seguimos "entre a uva e o caqui", no trecho 16. As frutas estavam bonitas com o orvalho, mas a planilha era clara: pega só uma fruta para você ver...


Atravessamos as parreiras e achamos o PC 29, com 9 minutos de atraso. Na sequência da planilha, não nos demos conta de uma plantação que deveria estar lá (mas não estava) e passamos reto, na bota da equipe que nos precedia.

Seguimos mais um bom pedaço no meio das frutas até o trecho 18, onde a neblina baixou de vez e atrapalhou ainda mais a visibilidade. As potentes lanternas mais atrapalhavam do que ajudavam, e o clarão que se formava à frente dos nossos olhos só nos deixava ainda mais irritados.

Nesse trecho, o navegador cometeu um erro e seguimos por uma estrada pelo lado errado de uma cerca, e a próxima referência não batia... Demoramos uns minutos para perceber o erro e para encontrar a entrada certa, porque a neblina não permitia que víssemos a trilha certa, apesar de ser bem larga... Por isso, passamos no PC 18 com 13 minutos de atraso.

Logo no início do trecho 19, outro erro atribuído à falta de visibilidade: entramos pelas parreiras ao invés de pegar a trilha correta. Demos uma volta à toa que só elevou ainda mais o nível de irritação... Quando finalmente conseguimos achar a trilha, ficamos perplexos por não tê-la encontrado logo da primeira vez, tamanho era o breu somado à neblina.

Descemos o morro por uma trilha lisa e irregular, e no trecho 20 entramos noutro riacho, esse mais fundo e fofo que o primeiro, o que fez entrar muita areia e lama nas botas... E já iam 15 minutos de atraso...

Ao sair do riacho, seguimos por uma estrada de terra que iríamos passar diversas vezes ao longo da prova. Subimos entre os pêssegos até chegar no barracão. Foi uma subida longa, com as botas pesadas e pela vontade de chegar ao neutro.

Chegamos ao neutro com 16 minutos de atraso, ou seja, se não fizéssemos o neutro (que, aliás, estava deserto) ainda estaríamos 1 minuto atrasados... Optamos por parar por alguns minutos e seguir em frente. A outra opção era parar a prova por ali mesmo. Não sabíamos o que estava por vir.

Descemos pela plantação de pêssegos novamente até a estrada de terra. E aí veio o trecho 25.

Saímos da estrada por uma trilha bem curta e já entramos no que deveria ter sido um dia um riacho. O staff avisou para seguirmos pelo meio do rio, porque nas bordas poderia afundar. Ah, tá. Marcelo foi na frente e logo ao entrar (pelo meio do rio, seguindo a instrução do staff), afundou quase até o joelho. Bom começo. Quem vinha atrás não conseguiu nenhum ponto mais firme para pisar, e todos foram se atolando. A sequência do rio não foi melhor, a velocidade exigida pela planilha (de 46 m/min) parecia uma piada, porque não conseguíamos ir a mais de 10 m/min... A solução foi trepar no barranco, apoiar as duas mãos na lateral do barranco e andar de lado. Vimos o PC 24 no meio do atoleiro e pegamos, com lama no meio da canela. Num dado momento, simplesmente desistimos antes de chegar ao final do trecho e saímos do riacho como foi possível (analisando a planilha durante a confecção deste post, descobri que saímos no lugar certo)...

Pegamos uns dois PCs que estavam lá perto, já que nessa altura qualquer PC era lucro e tanto fazia se estávamos adiantados ou atrasados. Voltamos um pouco pela estrada de terra e subimos novamente pelos pêssegos (aí notamos que erramos o PC 22). Fizemos um bate-e-volta na saída do atoleiro, passando por aqueles dois PCs já bipados. Subimos novamente o morro e saímos próximos a um barracão muito longo, onde estava o PC 26. Nesse ponto, algumas equipes estavam emboladas e acabaram nos atrapalhando... Ninguém é obrigado a andar no ritmo de outras equipes, e às vezes é necessário parar para encontrar uma referência ou para esperar a equipe. FICA A DICA: SAIA DO MEIO DA TRILHA. ENCOSTE. DÊ PASSAGEM! Ali na frente será você que estará atrasado e vai ficar irritado se eu não te der passagem, ok?

Saímos da mata e seguimos entre as uvas, por uma trilha bem longa até uma estrada de terra, no início do primeiro e único trecho de virtual da prova. Neutro de 58 segundos? Oba, tiramos 58 segundos de atraso...

No primeiro PC virtual (o 34), os passos do Alberto estavam muito diferentes de Jorge e Marcelo, e foi descartado. Fizemos 4 pontos nesse PC (erro de 0,9%). No segundo PC virtual, os passos do Alberto deram erro para mais, os do Jorge deram erro para menos. Como os passos do Marcelo estavam no meio termo, a distância medida por Marcelo foi usada, e fizemos 16 pontos (erro de 2,1% - nada mau para um navegador!).

Chegamos com 6 minutos de atraso, às 23h38, exaustos, sujos, famintos e, além de tudo, profundamente irritados - pela primeira vez numa prova da Northbrasil...


A Associação de Amigos do Traviú é um local pequeno para uma prova desse porte, mesmo para uma prova noturna. A lanchonete não estava preparada para o grande número de competidores e, apesar da comida razoável e boa variedade, o tempo de espera era grande. Estacionamento? Na rua e olhe lá, durante a prova deu para ver a quantidade absurda de carros estacionados nas ruas ao redor... Ainda bem que as equipes chegam com uma diferença de tempo entre elas, senão seria um caos generalizado para sair de lá. Havia vestiários, mas nem chegamos a utilizar...

E essa prova? Nunca havíamos encarado tamanho lamaçal numa prova da North... Até mesmo para uma prova diurna teria sido complicado! Até curtimos um pouco de lama, mas não a 42 m/min... O labirinto no meio do caquizal teve lá sua graça, depois que entendemos a lógica, os riachos teriam sido mais legais se tivesse sido numa prova diurna, mas o lamaçal do PC 24 foi totalmente sem noção. Quando saímos do neutro, comentamos com uma equipe: "Pelo menos é melhor que assistir Zorra Total, né?". Da próxima vez, Zorra Total será minha primeira opção...


Distância: 7536 m
Tempo total: 2h 30min

 Participantes: Alberto, Daniela, Jorge e Marcelo.

Resultado:
1 - Saikeutropelo (5698 pontos)
2 - Ursinhos Carinhosos (7758 pontos)
3 - Filhotes de Tarahumaras (7931 pontos)
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26 - Johnnie's Walkers (18018 pontos - 450,5 pontos/PC) (10° lugar no Bota de Ouro com 20 pontos)
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Prato do dia da noite: Hamburgueres do Osnir.