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Hodômetro - quilometragem dos participantes

Participante
Distância percorrida
Alberto
639,4 km
Daniela
810,0 km
Jorge
784,4 km
Marcelo
858,2 km
Paulo
211,2 km
Yumi
145,6 km
(considerando somente os eventos listados neste blog)

domingo, 13 de abril de 2014

Fun Trekking 2014 - Socorro

Depois de um longo e tenebroso inverno (nem tão tenebroso e nem tão inverno assim), decidimos participar de uma etapa do Fun Trekking novamente (nossa última participação havia sido em novembro de 2012). Daniela e Jorge, entusiastas da categoria, estavam muito curiosos quanto às modificações na forma de disputa que ocorreram desde então.

Como Yumi já tinha compromisso e Alberto resolveu fazer-lhe companhia, convidamos Paulo para integrar a equipe. E com a principal novidade da categoria, que é o uso de smartphone para fazer o registro dos postos, decidimos que era mais seguro fazer a etapa de treinamento no Parque Central de Santo André, no domingo anterior.

O resultado foi desanimador. O GPS do Motorola Atrix não apresentou precisão suficiente e gerou stress na equipe, porque a precisão variava muito e era necessário esperar muito tempo até o programa liberar o registro dos postos. A coisa era pior ainda em postos ocultos. Somado a isso, a sensação de que a categoria havia se tornado uma disputa individual (a equipe parecia não ter função, a não ser o navegador) colocou em xeque nossa decisão de participar da etapa de Socorro.

Mesmo com isso, resolvemos participar sem o objetivo de lutar pela vitória. O lugar inédito foi o elemento decisivo, apesar da dificuldade inerente ao ineditismo...

Saímos de SP no sábado lá pelas 14h30 rumo a Socorro. Escolhemos a Pousada dos Lagos, onde fomos muito bem atendidos e quase nos sentimos parte da família.


No sábado à noite, fomos jantar no Lübeck Bar, que já conhecíamos de outra passagem por Socorro, antes da reunião estratégica. Escolhemos uma estratégia selecionada pelo Paulo, que parecia ter boas opções.

No domingo, acordamos às 8h para um reforçado café da manhã, na companhia da Luna...


...e partimos para o Parque dos Sonhos que, por ser longe e fora de mão (com 5 km de estrada de terra para chegar lá), tivemos que sair um pouco mais cedo. O parque é bonito, bem cuidado e possui excelente estrutura, mas cobra caro (tanto que não conseguimos nos hospedar lá).

A janela de largada estava aberta das 10h30 às 11h, para a categoria Fun (outra novidade, agora tem 3 categorias: Beginner, Fun e Fast - na tentativa de agradar a todos. Mas só tinha equipe na categoria Fun...).

Antes de iniciar a prova, começou a folia: cadê sinal de GPS? E olha que nem era um local muito fechado...


Com alguma paciência, o GPS pegou e largamos às 10h 33min 52s, em direção ao posto 17, que foi facilmente encontrado. Dali, seguimos para o posto 20 e depois subimos por trás do restaurante para o 02, onde começamos a perceber a realidade do relevo do local...


Daniela ia ficando para trás, mas agora, segundo o organizador da categoria, não há problema em dividir a equipe (mas precisa revisar as regras, porque ainda consta punição para equipe dispersa).

Do 02, voltamos para o 19, primeiro PC da nossa estratégia. A prova consistia em responder qual o município, vizinho a Socorro, que abriga parte do parque, além da divisa estadual. Erramos, graças à placa que apontava as distâncias para as cidades de Bueno Brandão e Munhoz, localizada na entrada do parque.

Desse PC, daríamos uma volta no mundo em 13 minutos: 564 m em linha reta até outro PC, o 39. A dificuldade foi encontrar uma trilha para chegar lá: perguntamos a uma guia do parque a respeito de uma ponte anotada no mapa do parque e fomos informado que a ponte estava interditada (mais para a frente na prova encontramos o motivo da interdição).

(There is no bridge, Neo)

Tivemos que improvisar e seguir por uma trilha à direita do rio e cruzar por uma ponte pênsil, onde encontramos um grupo de pessoas - aliás, encontramos esse grupo várias vezes - em algum tipo de evento de auto-ajuda.

A prova do PC 39 consistia em ler uma senha que estava submersa no rio, amarrada a um cabo de aço (a senha era "147" - fico imaginando a razão dessa senha...).


Dali, fomos ao primeiro posto oculto, o 24, que foi facilmente encontrado no quebra-corpo. Chegamos muito cedo e decidimos poupar alguma bateria do celular. Daniela ficou na estrada de terra, aguardando nosso retorno do próximo posto, 40, no topo da cachoeira.


Seguimos para o "banquinho", de onde se tinha uma bela vista da tirolesa de 1 km.


Os postos seguintes (26, 25, 36, 37 e 43) estavam todos muito próximos e não deram trabalho (exceto pelo fato de termos que passar no meio do povo que estava no evento de auto-ajuda... parece que algumas pessoas não estava gostando...), mas nos obrigou a cruzar a ponte pênsil diversas vezes.


O posto 44 deu trabalho, um pouco por uma bobeada nossa. O posto 43 chamava "Trilha de cima", justamente onde ficava o posto 44, mas levamos uns 3 minutos para perceber.

O mesmo aconteceu com o PC 45, na Caverna dos Macacos. Estávamos na trilha de cima, descemos para pegar a equipe... com isso tivemos que dar a volta pela base do parque e lá se foram 5 minutos nessa brincadeira... primeira grande burrada.

A prova desse PC foi crítica, era necessário descer numa gruta estreita, com auxílio de uma corda, e descobrir o que havia lá. Marcelo largou o equipamento e desceu pela corda. Quando começou a explorar a gruta, levou um baita susto: tinha um sujeito vestido de gorila que saiu pulando e gritando! Olha aí o vídeo da equipe Cacatuas:


Até que o susto deles foi menor...

Da gruta, descemos a trilha até a Sala de Equipamentos, mas tivemos que esperar uns 6 minutos até dar o tempo da rota, deu tempo para descansar. Aí aconteceu a cena sui generis da prova: aquele povo que estava no grupo de auto-ajuda formou uma roda bem em frente à sala de equipamentos, provavelmente onde deveríamos registrar o posto... Bem nessa hora, a precisão do GPS do celular resolveu variar e não conseguíamos ver o bendito botãozinho de registro no celular...

Quando faltavam 30 segundos para dar o tempo da rota, o bendito botão resolveu aparecer! Preparamos, contagem regressiva, 5... 4... 3... e... sumiu de novo! Passamos os próximos 3 minutos correndo em volta do grupo, da casa, de tudo que estava em volta, e de repente, a coisa funcionou de novo.

(se o sinal de GPS estiver bom, desconfie...)

Atravessamos novamente o parque até o posto 28 e resolvemos usar a opção do 35, deixando de lado algum posto no final da estratégia. O 30 deu algum trabalho e perdemos alguns segundos.

Para acessar o 32, Paulo e Marcelo deixaram a equipe para trás e aceleraram o passo, julgando mal a distância para aquele posto. Por outro lado, o stress do posto 22 ensinou a lição: tem que deixar tempo extra para não haver surpresa com o GPS.

A seguir, viria o oculto 33, mas como a posição dos ocultos estava com a Daniela, Marcelo e Paulo resolveram chutar o posto oculto mais próximo e acabaram pegando o 10 no lugar do 33... Segunda grande burrada da prova.

(apesar da burrada, o lugar do 10 até que era bonito)

Ao reagrupar a equipe, Marcelo ficou sem fôlego só de pensar no próximo destino: o posto 8, láááá no alto da tirolesa. Cruzamos a ponte pênsil pela última vez e fizemos uma rota pela "trilha de cima", passando na caverna dos Macacos. Quando Marcelo e Paulo chegaram próximos ao posto 06, Marcelo desejou boa sorte a Paulo, que foi sozinho registrar os postos 08 e 07.

(fotos extraídas do site http://www.funtrekking.com.br)

O cansaço bateu e os ânimos ficaram meio exaltados. A vontade era de abandonar a prova ali mesmo. Juntamos nossas forças e resolvemos fazer mais alguns postos e ver no que ia dar, mas sem deixar o tempo de prova estourar como aconteceu em Santo André - lição aprendida é valiosa!

Resolvemos subir. Paulo alcançou o posto 33 e fomos para o oculto - de novo na base do chute - próximo ao PC 11 torcendo para que fosse o 41 - não era, era o 33... terceira burrada da prova.

Acertamos a prova do PC 11 e tínhamos a intenção de terminar a prova ali. Mas como sobravam alguns minutos, juntamos fôlego e subimos um pouquinho mais até o Restaurante. Se fosse preciso, correríamos ladeira abaixo até a chegada, mas nem foi preciso, terminamos a prova com quase 4 minutos adiantados, contando com a dificuldade em registrar o posto 99.

(foto extraída do site http://www.funtrekking.com.br)

Voltamos para a pousada em tempo de um banho de piscina. A conversa com o dono da pousada foi relativa ao número de burradas que fizemos na prova e da impossibilidade de termos tido um bom desempenho.


No dia seguinte, veio a surpresa: estávamos em primeiro no resultado parcial. Está certo que ainda faltava o upload do resultado de 3 equipes (essa é outra novidade, cada equipe é responsável por fazer o upload do seu resultado - mas pelo visto não há tempo limite para se fazer isso. E olha que eu li todas as regras. Acho), mas pelo menos o quarto lugar a gente já tinha garantido. Estava bom, para quem foi só passear e conhecer o parque.

Ainda na segunda, mais uma equipe fez o upload e continuávamos em primeiro. Bom, ficaríamos em terceiro no pior dos casos. Durante o dia, mais uma equipe fez o upload e ainda aparecíamos em segundo. A análise dos resultados individuais sugeria uma coincidência preocupante: das 6 equipes, 4 haviam estourado o tempo de prova e, consequentemente, perderam 12000 pontos cada. Dessas, 3 foram por menos de um minuto (uma equipe não fez o upload e com isso o resultado oficial só saiu na quarta-feira - tempo excessivamente longo para a divulgação do resultado).

Essa coincidência é preocupante, pois leva a crer que se deu por falta de visibilidade de GPS e, portanto, o uso da tecnologia teria influenciado fortemente no resultado. Além disso, parece que a forte dependência de um único celular cria situações inusitadas, como o integrante que carrega o celular defendê-lo com a própria vida e os demais integrantes ficarem sem função na prova. Acabou ficando uma prova individual (dois no máximo, se um navegar) e o resto da equipe é tudo zequinha. Para equipes novatas, que não pegaram a forma de disputa na base do chip, talvez seja algo empolgante e desafiador, mas sentimos que um pouco da graça da categoria se perdeu.

No final das contas, valeu a pena pelo lugar.



Distância: 7,66 km (GPS corrigido + Google Earth)
Tempo total: 2h 22min

Participantes: Daniela, Jorge, Marcelo e Paulo.

Resultado:
1 - Johnnie's Walkers (16920 pontos)
2 - Bulldog (8910 pontos)
3 - Cacatuas (7710 pontos)

Prato do dia: Estalagem Dom João, em Bragança Paulista. Excelente comida, preço nada exorbitante pelo lugar. Típica comida de chef, com direito a prato coberto quando chega à mesa (entendeu, né? saímos de lá com larica pós prova fome).


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